Imediações do Comando Militar Sul, sede das Forças Armadas no sul do Brasil. Ao pé da Igreja das Dores. Pelo terceiro ano consecutivo, apoiadores do Presidente Bolsonaro e saudosos do Regime Militar, comemoram o Golpe de 1964. Manifestações em faixas, camisetas e falas pedem Intervenção Militar com Bolsonaro.

É Senhora combinando vestido estampado com bandeira do Brasil, traje típico de Marcha da Família; participantes da carreata que é cada expressão de Carlos Ustra, cara de quem poderia sim vibrar com uma torturinha. No carro de som, até o jogador de voltei da seleção, gaguejante, meio sem experiência no palanque: “Já enfrentei Cuba, Venezuela nas quadras e agora estou aqui batalhando com vocês”. Na faixa: “Forças Armadas assumam o Brasil, nós queremos intervenção militar”. Uma constante guerra. Sempre há um inimigo.

No enfrentamento a esta perspectiva de mundo, que vê e clama pela violência a seu serviço, antifascistas se opuseram. Caminharam pelo centro da cidade e se colocaram no embate contra estas pessoas. Entre eles, a Brigada Militar, o Exército, a Polícia do Exército. Postados de frente para os antifascistas. As Forças Aramadas fazendo a segurança de quem pede intervenção das Forças Armadas. É óbvio e precisa ser dito. Intimidam nas entrelinhas, cerceam em imposições. Do major ao jornalista.

O ato antifascista caminhou pelo centro da cidade gritando Ditadura Nunca Mais e que, invés de Ditadura, querem “Pão, Vacina e Educação”.

Da janela da Prefeitura, Sebastião Melo escutou os gritos dirigidos a ele: “Genocida” “Aliado de Bolsonaro”.

Muito mais a interpretar, a descrever, a falar sobre violência. Mas neste momento gostaria de convidar a olharem foto a foto, em ordem cronológica, uma perspectiva do que foi o 31 de março de 2021 em Porto Alegre.

Álbum completo, link na bio.

Porto Alegre

31 de março de 2021