- Breque dos Apps (01-07-2020) Foto Alass Derivas
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Breque dos APPS (01-07-2020)
O dia 1º de julho foi dia de paralisação nacional dos entregadores de aplicativos (UberEats, Ifood, Rappi, James, entre outros), um dos setores mais precarizados em tempos de pandemia. Enquanto muita gente se mantem isolada em segurança dentro de casa, estes trabalhadores e trabalhadoras se expõem ao vírus, à chuva, à violência do trânsito para entregar comida quentinha. Fazem isso com o mínimo de direitos trabalhistas. Se se acidentam ou pegam o vírus, não recebem benefícios para se recuperarem ou se tratarem. Usam suas bicicletas próprias, muitas precárias, sem receber dinheiro para manutenção. Sequer possuem lugar para ir ao banheiro se não contarem com a suposta solidariedade dos restaurantes. Se acontece algum erro por parte do restaurante ou do cliente (endereço errado, por exemplo), e o cliente recebe o pedido insatisfeito, avalia mal o entregador, este é bloqueado e tem seu faturamento afetado. Os entregadores pedalam quilômetros e quilômetros às vezes pela taxa mínima, que em alguns aplicativos é 3,50 reais por entrega. Você se imagina pedalando dezenas de quilômetros, com uma bicicleta pesada, às vezes abaixo de chuva (ciclone bomba?), arriscando se contaminar e contaminar a sua família e ainda exposto a acidente de trânsito para ganhar nem 5 reais? Consegue se colocar neste lugar? Sem falar da situação das mulheres, preteridas em diversas entregas, com a mochila nada anatômica para os seus corpos, expostas à violência masculina nas madrugadas.
Para completar, 71% das pessoas que trabalham entregando para aplicativos hoje se declaram negros. Então, esta é mais uma situação de cerceamento a direitos e à vida digna que afeta diretamente a existência desta parcela da população.
Muito se falou da luta antirracista nos últimos tempos. Apoiar este trabalhadores, lutar contra a precarização do trabalho se apresenta como um caminho concreto (lutar pela saúde pública, pela valorização do SUS também).
Em Porto Alegre, foi ação direta! Saindo da Praça da Alfândega, centro da cidade, o cortejo seguiu até o Bairro Moinhos de Vento, onde trancou a entrega e, por instantes, o drive-trhu do McDonalds da 24 de outubro. A entrega foi trancada também no McDonalds da Avenida Silva Só, no Burguer King da Avenida Ipiranga e em restaurantes da Cidade Baixa. O ato começou pelas 10h30min, terminou por volta das 17h30min no Largo Zumbi dos Palmares.
Para quem é cliente e costuma usar estes apps, hoje não peça nada.
Vamos ver a repercussão dos atos em diversas cidades do país (RJ, São Paulo, Belo Horizonte, Recife) e a continuação da articulação destes trabalhadores.
Sejamos solidários, porque o próximo trabalho uberizado, explorado por uma multinacional que só lucra e dá muito pouco em troca para a sociedade local, pode ser o seu, o nosso.
Porto Alegre, 1 de julho de 2020.