Plantar floresta para que a Caipora volte a circular. Para a entidade da floresta, protetora dos animais e das plantas, se sinta à vontade de aparecer. Esse o intuito do projeto em que o mutirão deste final de semana contribuiu.

Na sexta, um grupo partiu do Assentamento Terra Vista para roçar o capim, capinar, abrir berços e plantar. Apoiar na prática o território Pataxó Hã-hã-hãe, terra indígena Caramuru Catarina-Paraguassu. Orientades por Olinda Muniz, indígena Tupinambá, que toca, junto com Samuel, o projeto Kaapora, de reflorestamento, recuperação de solo, educação em agrofloresta. Olinda também é cineasta. Nas suas produções, fala da urgência em que estamos metidos.

Roçar, semear, calejar, debater, energizar, praticar não em apoio a projetos privados, individuais, mas onde a energia coletiva prevalece, onde os encantados guiam a intenção do novo mundo ancestral no hoje. Não é à toa. A necessidade de consolidarmos territórios já existentes como refúgios e como bases alimentares para sustentar as lutas que virão.

O mutirão faz parte dos planos de ação direta em apoio a territórios da @teiadospovos.

 e  Alass Derivas | @derivajornalismo
19h55min
22 de maio de 2022
Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, Pau Brasil, Bahia.