Memórias de protestos, SUS, navios de guerra e Galeano

Memórias de protestos, SUS, navios de guerra e Galeano

Em março deste ano, o presidente Jair Bolsonaro fechou seu primeiro contrato militar. 4 navios de guerra lançadores de mísseis no valor de R$ 9,1 bilhões de reais. Construídos em Santa Catarina pelo consórcio Águas Azuis, que tem como integrante a multinacional alemã Thyssenkrupp Marine. A primeira embarcação vai ser entregue em 2024. A última, somente em 2028. Que mundo será daqui oito anos? Sabemos que vamos ter mais quatro navios de guerra.

Em 2015, a Pec do Teto foi aprovada, com protestos nas ruas, por Michel Temer, Congresso e Senado. A intenção era evitar crescimento dos gastos públicos. Para isso congelar por 20 anos, investimentos em algumas áreas, como saúde, educação, assistência social. Por causa desta PEC (241, na Câmara, ou 55 no Senado), que sofreu resistência nas ruas antes da sua aprovação, a saúde, o SUS deixou de receber 9 bilhões em 2019.

Valor de 4 fragatas de guerra. Dinheiro que hoje poderiam ser respiradores, UTIs, testes, equipamento adequados.

Bobos nós de discutir entre o SUS, ou seja, saúde da maioria da população brasileira, e navios de guerra (interesses internacionais na América Latina). Coisinha de bilhões perto da sorte trilionaria dos bancos.

No dia 23 de março, assim que estourou a crise do Coronavírus, o Banco Central do Brasil anunciou a aplicação de 1,2 trilhão no mercado financeiro para dar um apoio aos bancos. Esse pacote de medidas pode crer que não ficou “Em Análise”, como está o Auxílio Emergencial de parte das pessoas que solicitaram.

Nas fotos, texto Armas, do livro “O teatro do bem e do mal”, do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano. Para nos trazer um pouco de memória, mostrar como as coisas se repetem.

Nas fotos seguintes, registros de 11 de novembro de 2016, pelas ruas do centro de Porto Alegre. Segundo ato na cidade para tentar impedir a aprovação da PEC 241, que era votada no Congresso e logo mais aprovada no Senado e por Michel Temer.

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