Velatón – Solidariedade aos que lutam na Colômbia (

Velatón – Solidariedade aos que lutam na Colômbia (

O narcoestado nos mata aqui e na Colômbia! Sexta (07) e domingo (09), o Parque da Redenção, em Porto Alegre, recebeu dois atos em solidariedade aos que lutam nas ruas da Colômbia e estão sendo feridos e mortos pelo Exército e pela polícia. O primeiro foi “Velatón”, ato com velas em solidariedade aos mortos na revolta popular que toma as ruas colombianas.

Dezenas de pessoas se reuniram no começo da noite de sexta perto do Arco do Expedicionário, no Parque da Redenção. No obelisco do largo em homenagem a um General atuante na Segunda Guerra. Na placa do monumento foi colado um cartaz em alusão a um dos manifestantes mortos pela polícia na Colombia, desenhado, de punho erguido, com a frase “sonhar com um país melhor não pode nos custar a vida”. Ressignificando homenagens. A bandeira da Colômbia posta. Entre canções e falas de indignação, velas iam sendo erguidas, um pequeno exército de chamas zelando as mensagens de luta e de luto.

Assim como no Rio de Janeiro, na Colômbia, a Polícia Nacional, braço armado do estado, mata os de baixo seguindo interesses ainda muito desconhecidos e por muitos escondidos. As grandes redes de mídia distorcem e Instagram/Facebook escondem postagens de quem luta.

Quem realmente lucra com o tráfico e suas politicas, com a violência cotidiana?

Quem são os que morrem nessa guerra? Como em uma faixa hoje num protesto da favela de Jacarezinho (RJ), “contra o genocídio, rebelar-se é justo”. Já são mais de 35 mortos na Colômbia e centenas de desaparecidos.

No domingo, dia das mães, um ato de solidariedade às mães colombianas que estão perdendo seus filhos nas mãos da Polícia Nacional da Colombia. Um ato em solidariedade às mães dos assassinados pela chacina da Polícia Militar na favela do Jacarezinho (RJ). Quando é preciso se manifestar em meio a uma pandemia, é porque o governo, o Estado, são mais letais que o Covid-19. Embora o maior vírus que circula e nos sufoca seja o capitalismo. Abaixo, texto do Panfleto distribuído no evento:

“Da Colômbia ao Rio de Janeiro a Polícia assassina

Na Colômbia, o povo sai às ruas contra a precarização da vida. Em resposta, a Polícia assassina. São dezenas de pessoas mortas que o poder esconde utilizando os meios de comunicação oficiais e censurando conteúdos nas redes sociais. No Rio de Janeiro a operação policial ‘Exceptis’ assassinou mais de 25 pessoas. Uma verdadeira chacina contra a juventude negra e favelada.

O governador defendeu a operação dizendo que tudo aconteceu normalmente.

A polícia e os governos não nos protegem!

A autodefesa e a solidariedade entre os povos são nossas armas!

O pior vírus é a indiferença!O pior vírus é o capitalismo!

Pelo fim da Polícia!”



09 de maio de 2021
Alass Derivas | Deriva Jornalismo

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