Trabalhadoras do CRAs protestarão novamente em frente à FASC nesta manhã
No dia 4 de novembro, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), notificou através do diário oficial do executivo de Porto Alegre, a Lazari Serviços de Gestão de Mão de Obra LTDA. A nota pedia esclarecimentos sobre o sumiço da empresa e sobre o não pagamento de salários às funcionárias cadastradoras dos Centros de Referência de Assistência Social. Estas trabalhadoras, a maioria mulheres, não receberam seus salários de outubro e estão ao léu, sem auxílio da Prefeitura e com pouca solidariedade dos setores de luta. Responsáveis por agilizar cestas básicas para a população, agora são elas que não tem dinheiro para pagar suas contas. Nesta quarta, quando se encerra o prazo dado pela FASC à Lazari, as trabalhadoras terceirizadas voltam a protestar. No dia em que saiu a nota, quinta (5) cerca de 30 pessoas se manifestaram em frente…
Trabalhadores do CRAs exigem pagamento de salários pela empresa Lazari (05-11-2020)
Textos e fotos Alass Derivas Na manhã desta quinta, cerca de 40 entrevistadoras dos Centros de Referência de Assistências Social (Cras) de Porto Alegre protestaram em frente à Fundação de Assistência Social (FASC) e da Prefeitura de Porto Alegre. Reivindicam o pagamento dos seus salários, por parte da contratante, a empresa Lazari Apoio Educacional LTDA, terceirizada da FASC e da Prefeitura. Há meses atrasando salários, em outubro a Lazari simplesmente sumiu. Não se sabe como será o recebimento dos encargos no começo de novembro e nem a sequência do contrato com a Prefeitura. Em edição extra do Diário Oficial do Executivo de Porto Alegre do dia 04 de novembro, a presidente da FASC, Vera Ponzio, notificou a Lazari, dando cinco dias para a empresa se manifestar sobre diversos fatos que estão sendo apurados, entre eles: o não carregamento do cartão…
Teleguiados “democraticamente” até quando?
Beirute, Líbano, 11 de agosto de 2020. Foto Wael Hamzeh Visualizo muito em breve telões eletrônicos na Orla do Guaíba. Através de um indexador (uma hashtag, pode ser), vídeos curtos estilo Tik Tok ou fotos postadas no storie do Instagram são apresentadas quase que ao vivo. Na tela, vários rostinhos e versões do sol que cai ali na frente. Vez que outra uma propaganda. Ou ainda “telão, uma campanha oferecimento tal empresa”. Da Uber, por exemplo, empresa que já é responsável por grande parte da manutenção da Orla do Guaíba da Usina do Gasômetro até o monumento das cuias. Uma empresa coloca um telão na minha cara para eu ver o que pessoas enviam sobre tudo ou sobre o sol que se põe no agora. Seria mais uma tela na nossa vida. Informações para os meus olhos que nem perguntei. Empresas…
Solidariedade ao povo Yawalapiti
Foto Alass Derivas Esta foto é um registro de Watatakalu Yawalapiti durante a Marcha das Mulheres Indígenas, em 2019, Brasília. A mão espalmada pintada de urucum. No gesto, com o silêncio profundo de Watatakalu, o grito pelo fim do derramamento de sangue indígena. As próximas fotos são registros do povo Yawalapiti durante a Marcha. Foto Alass Derivas Foto Alass Derivas Foto Alass Derivas Foto Alass Derivas Foto Alass Derivas Na semana que vem completa um ano deste gesto de basta de Watatakalu. No ontem, ela perdeu o seu tio. O povo Yawalapiti, o seu grande cacique. Um dos maiores líderes e defensores do Xingu. Nesta quarta, o cacique Aritana Yawalapiti morreu de Covid-19. É mais uma liderança de um povo originário que se vai. A doença sendo usada como mais uma ferramenta de destruição. De vidas, de saberes, de línguas.…
Os brancos que não se opõem a Bolsonaro e ao sistema colonizador são cúmplices do genocídio
Muita gente acredita que já não há indígenas no Brasil. Indígenas porque “índio” é referente ao país Índia. Se preferir: “os povos originários” desta terra que pisamos. Que já estavam por aqui muito antes de Pedro Álvares Cabral e os demais colonizadores (portugueses, holandeses, franceses e, mais recentemente, estadunidenses e chineses) chegarem. Estavam e estão sendo dizimados ainda. Eram, em 1500, estima a Funai, 3 milhões de indígenas. Hoje, segundo o Censo do IBGE 2010, são em torno de 800 mil. Eram 1000 povos, hoje são aproximadamente 300. Ou sejam 700 foram extintos. Sumiram do do planeta, com sua cultura, sua língua, sua forma de ver o mundo. Isso porque os brancos, através do capitalismo, acreditam que só sua forma de ocupar a Terra é possível. Essa forma que nos trouxe a pandemias, a cada vez mais frequentes desastres naturais,…