1° de maio classista e independente em Porto Alegre (01-05-2023)

1° de maio classista e independente em Porto Alegre (01-05-2023)

1o de maio de rememorar as origens deste dia: o assassinato dos “oito de Chicago” em 1886 na luta por direitos. Pessoas que lutavam pela redução da jornada de trabalho para oito horas e o Estado mandou enforcar.

1 de maio não é dia de festa.

Nossos direitos (final de semana, férias, décimo terceiro, jornada de oito hrs) foram conquistados com muita luta.

E estão sendo tomados, destruídos, desrespeitados.

Pelas reformas trabalhistas, da previdência, agora do novo Ensino Médio. Pela terceirização, Uberização (robotização). Pelo trabalho análogo à escravidão presente e que diz muito sobre a mentalidade colonial e racista de uma galera aí. Pelas privatizações. Pela ganância das multinacionais sobre os territórios. Pela responsabilidade dos bilionários, dos Estados sobre as mudanças climáticas e sobre a negação de uma vida digna para a maioria da população mundial.

Na manhã desta segunda (1) aconteceu este ato político, classista e independente, registrado nas fotos, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, que após um momento de falas teve uma caminhada com centenas de pessoas pelas ruas do centro até o Largo Zumbi dos Palmares.

Nas falas, o alerta de que enfrentar a crise humanitária que estamos vivendo – causada pelo capitalismo neoliberal – através de vias institucionais é uma armadilha.

Dia de lembrar e reafirmarmos nas falas que conciliação de classes é porta de entrada para o fascismo.

Somente a organização do povo trabalhador, dos movimentos sociais, através de ações diretas, de greves, de mobilizações, de trabalho de base, do apoio mútuo, da solidariedade, da comunidade pode nos apresentar caminhos na busca de vida digna para os povos.

Presença importante do povo mbya Guarani da Retomada da Ponta do Arado.

Assista a fala de Cacique Karai Timóteo, da Retomada do Arado Velho:

Metroviários anunciaram paralisação do Trensurb a partir do dia oito de maio.

Viva a luta do povo trabalhador na busca por uma vida com menos violência e dor, menos sufoco e perrengue cotidiano. Na luta por uma realidade em que acreditar na potência da vida não seja uma batalha cansativa.

Fascismo se vence nas ruas e nos territórios.

Veja mais fotos do ato:

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