Abaixo à Ditadura (31-03-2024)

Abaixo à Ditadura (31-03-2024)

Não esqueceremos e não perdoamos!

Na manhã deste domingo (31), aconteceu, em Porto Alegre, uma manifestação por memória, justiça e verdade, pedindo o fim dos 60 anos de impunidade que vivemos neste país referente aos golpistas e torturadores que executaram a Ditadura Civil-empresarial-militar de 1964 a 1985.

O ato aconteceu em frente ao Monumento aos mortos e desaparecidos políticos da ditadura civil-militar, no começo da Avenida Ipiranga, junto ao rio Guaíba, e reuniu familiares de vítimas da Ditadura, militantes de movimentos sociais e pessoas comprometidas com Comissão da Verdade.

Nas falas, além da memória presente, com poesia e histórias de quem lutou e morreu no período, o destaque para o descaso da gestão municipal com a manutenção do monumento: uma simbologia de como o Estado governa nossa memória de luta.

Também a importante reflexão, trazida especialmente por Onir Araujo, da Frente Quilombola-RS, de que precisamos avançar na luta por memória, lutando sim dignamente pela verdade durante os 21 anos de Ditadura Militar, mas também parando de relativizar as mortes (e desterritorialização mortífera) de indígenas e negros que acontecem há 524 anos no país. “Faz parte da luta contra este regime a gente também abrir a janela contra a relativização da violência histórica que indígenas e negros vem sofrendo neste país, com direitos ainda negados e muita violência. Por que é aceitável que em torno de 50% da população viva isso ainda hoje?”, questiona Onir.

Hoje, na dita democracia, segue o extermínio e perseguição, com as chacinas (Operação Verão, Cabula, Candelária, Carandiru, etc). Milícias, compostas pelas forças policiais do Estado, atuantes nas periferias (Escritório do Crime – Marielle Presente!), e no campo (Invasão Zero – Nega Pataxó Presente!).

Na própria Ditadura Militar, mais de oito mil indígenas e mais de 1200 campesinos foram mortos.

É preciso sim buscar justiça desses 21 anos nefastos na Ditadura Militar do país, inclusive para entendermos e lutarmos contra a raiz colonial, as tropas ostensivas de ocupação, que estruturam, ainda hoje, a violência neste país.

📸📝 Alass Derivas | @derivajornalismo
31 de março de 2024

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