Indígenas e Quilombolas ocupam a frente do Incra-RS
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PorAlass Derivas1 de março, 20182252 min. de leitura

Indígenas e Quilombolas ocupam a frente do Incra-RS

Fotos e texto: Alass Derivas Publicado originalmente no Amigos da Terra Brasil Uma das frentes da Greve Geral desta sexta, dia 28 de abril, aconteceu no Incra-RS. Indígenas e Quilombolas ocuparam a frente do prédio das 8h até o começo da tarde. Luta contra os ataques aos povos ancestrais, representados pela paralisação das titulações de territórios quilombolas, lentidão nos processos de demarcação, CPI do Incra e da Funai, genocídio do povo negro e do povo indígena, contra as reformas da previdência e trabalhista, contra o racismo institucional. Foi uma manhã de atividades conjuntas e de integração entre quilombolas urbanos de Porto Alegre, Mbya Guaranis e Kaigangs. No começo da tarde, partiram em coluna para se juntar à marcha que partiu da Esquina do Zaire (Democrática). Confira depoimentos: >>> Mulher Negra frente às reformas, por Luany Xavier, Frente Quilombola RS e…

Sobre o apoio à retomada Guarani da Ponta do Arado ou à causa indígena de forma geral
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PorAlass Derivas25 de janeiro, 20182945 min. de leitura

Sobre o apoio à retomada Guarani da Ponta do Arado ou à causa indígena de forma geral

Publicado originalmente no Sul 21 Airton Krenak, da etnia Krenak (assolada pela lama tóxica no Rio Doce, maior crime socioambiental da história, das empresas impunes Samarco/Vale do Rio Doce), certa feita, em uma aula inaugural da UFRGS em 2017, comentou sobre o fato da luta pela demarcação de terras indígenas ser uma medida de garantia para os povos, mas ainda assim ser uma medida colonial, por legitimar a demarcação, o limite, a fronteira, referenciais territoriais do homem branco. Essa discussão complexa parece tão distante no contexto em que vivemos no Brasil, em que, há anos, as demarcações já não vinham acontecendo como reivindicadas e que, atualmente, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o cenário já piorou, no nível de demarcações já feitas serem revistas e terras indígenas serem invadidas por pistoleiros e madeireiros. No entanto, a fala do Ailton Krenak…

Conheça a Retomada Guarani Mbya em Maquiné-RS
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PorAlass Derivas30 de janeiro, 20175413 min. de leitura

Conheça a Retomada Guarani Mbya em Maquiné-RS

Texto e fotos Alass Derivas Publicado originalmente no Amigos da terra Brasil Desde sexta-feira, dia 27, 20 famílias Guarani Mbya retomaram a área da Fepagro (Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária), no Município de Maquiné, litoral Norte do Rio Grande do Sul. Os indígenas estão criando uma aldeia no local e reinvidicam a demarcação da área. Segundo o Cacique André Benites, a retomada é uma luta pelo futuro, pela preservação do espaço e pela perpetuação da cultura Guarani, mas também é uma luta pelo passado, pela memória dos ancestrais que ali viviam até mesmo antes da chegada do europeu e da intervenção do Estado. “A gente não está invadindo, só entramos em território que já era nosso. Por isso retomada”. Segundo o Cacique José Cirilo, os guaranis nunca tiveram seus direitos totais garantidos. “O povo Guarani sofre muito, muitas famílias pela…

Na trilha e no ritmo da Kalunga
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PorAlass Derivas11 de outubro, 20164913 min. de leitura

Na trilha e no ritmo da Kalunga

Textos e fotos Alass Derivas Na noite de sábado (8), na festa de lançamento do primeiro álbum da banda Kalunga, o AfroSul Odomodê, foi mais um vez ponto de encontro, de festejo e de resistência do povo negro. O CD “Na Trilha e no Ritmo do Negro” traz dez músicas — compostas pelo vocalista Mestre Telmo Flores e parcerias — que exaltam a negritude e o espírito quilombola. Que mostram porque é belo e não é mole ser negão. Além destas, duas novas composições foram apresentadas ao público: “Ogum Bera Mar” e “A luta continua”. No pátio do Odomodê, uma banquinha distribuiu as recompensas para quem apoiou o financiamento coletivo da Kalunga. O CD estava à venda por dez reais. O álbum ainda não está disponível online. A imagem a cima é uma reprodução da capa do CD, ilustração de…

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Entrevista: Mestre Telmo, griô e compositor da banda Kalunga Quilombola
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PorAlass Derivas6 de outubro, 20164639 min. de leitura

Entrevista: Mestre Telmo, griô e compositor da banda Kalunga Quilombola

Texto e Fotos Alass Derivas Publicado originalmente no Nonada – Jornalismo Travessia “Eu não sou artista, cara, sou militante”. É o que diz Telmo Flores, dando pistas do caráter de luta da banda Kalunga Quilombola, da qual é o vocalista e o principal compositor. Apesar de não se ver como artista, “Mestre Telmo”, como é chamado pelos outros integrantes do coletivo, se preocupa com a evolução técnica da banda e com o como vai ser recebida a próxima “intervenção cultural”, que acontece no próximo sábado, dia 8, no Afrosul Odomodê. É o lançamento do primeiro CD da Kalunga. Na noite, shows de abertura com a banda La Digna Rabia e com a rapper Negra Jaque estão previstos. O álbum, chamado Na trilha e no ritmo do negro, foi gravado através do Edital Estúdio Geraldo Flach, da Prefeitura de Porto Alegre,…