1o de maio de rememorar as origens deste dia: o assassinato dos “oito de Chicago” em 1886 na luta por direitos. Pessoas que lutavam pela redução da jornada de trabalho para oito horas e o Estado mandou enforcar. 1 de maio não é dia de festa. Nossos direitos (final de semana, férias, décimo terceiro, jornada de oito hrs) foram conquistados com muita luta. E estão sendo tomados, destruídos, desrespeitados. Pelas reformas trabalhistas, da previdência, agora do novo Ensino Médio. Pela terceirização, Uberização (robotização). Pelo trabalho análogo à escravidão presente e que diz muito sobre a mentalidade colonial e racista de uma galera aí. Pelas privatizações. Pela ganância das multinacionais sobre os territórios. Pela responsabilidade dos bilionários, dos Estados sobre as mudanças climáticas e sobre a negação de uma vida digna para a maioria da população mundial. Na manhã desta segunda…

Domingo (23), noite de festejar, com churrasco e cerveja, Ogum, toda sua falange guerreira. Aí estão registros (no site são mais de 60 fotos), do domingo de Ogum no Ylê de Oxum e Ossanha, orientado pela Mãe Paty de Oxum, na Vila Mapa, em Porto Alegre. Uma cavalgada abriu o cortejo da Parada 4 da Mapa até o Ylê. Linda caminhada lomba abaixo, ao som dos pontos para o Ogum. No Ylê lotado de filhos e parentes de Mãe Paty, lindo ritual em homenagem à falange de Ogum. Aí estão alguns registros desta festa. No vídeo, um recorte dos bastidores da gravação dos pontos de Ogum para passar no carro de som do cortejo. https://www.youtube.com/watch?v=1jiQBmaa0p4 Alass Derivas | @derivajornalismo25 de abril de 202313h30minPorto Alegre Esses registros só são possíveis graças às permissões de Mãe Paty e dos guias. E também…

18 de abril 2023, terça, data especial. Seis meses de Retomada Gãh Ré no mesmo dia de celebração dos 35 anos de Karindé, um dos filhos da Cacica Gah Té. Dia de convívio de diversas formas neste território ancestral Kaingang que é o Morro Santana. Emocionante passar boa parte do dia na Retomada Gãh Ré, acompanhando estas comemorações, mas também a aula na Escola Autônoma, uma oficina de serigrafia puxada pelo @cmetpaulofreire, a visita em solidariedade do @cimisul.oficial, da @frentequilombolars, do parente mbya Guarani @vheraxunu.oficial, o futebol na pracinha das crianças, a preparação da janta da festa. Emocionante por compartilhar um pouquinho da intimidade da família de Gah Té. Nuances, limitações, amores. De ver o quanto um território digno de se viver, como a Retomada Gãh Ré, faz muita diferença na busca de um convívio saudável de uma família.De pensar…

Na semana que passou, três agentes da FUNAI, dois vindo de Brasília, da Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação (CGID) e um vindo de Passo Fundo, da Coordenação Regional, estiveram visitando o território. Durante três dias, fizeram, junto da cacica Gah Té e seu filho Karindé, expedições por trilhas do Morro Santana na intenção de levantar dados e qualificar a reivindicação pela demarcação. Este é um passo prévio à criação do Grupo de Trabalho que tratará de fato dos estudos para demarcação. Aí estão registros de quinta e sábado. Caminhadas emocionantes pela Mata Atlântica linda que resta em Porto Alegre. Momentos de lembrar vivências de décadas atrás, passarmos por locais onde Gah Té enterrou umbigos de suas filhas, de vermos árvores com quase 30 anos, plantadas no nascimento de seus filhos. De identificar cipós, medicinas, plantas de uso tradicionais do povo…

A destruição das máquinas ao redor da comunidade invadem o sonho das crianças. O pesadelo dos pequenos nunca importou para quem comanda a patrola. Foi assim, mas, oxalá, não seguirá sendo. A Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta promoveu neste começo de ano um marco histórico na luta dos povos para serem escutados previamente antes de qualquer decisão que os atinja. Na luta contra as violações impostas pela ampliação da BR-386, em Triunfo (RS) a Comunidade, com seus encantados e articulações, conseguiu suspender, na 9 Vara Da Justiça Federal de Porto Alegre, a obra que se dava a 500 metros da cama das crianças e de todes ali. A decisão se deu após a comunidade ajuizar uma Ação Civil Pública que cobrava a Consulta Prévia, Livre, Informada e de Boa Fé, como orienta a Convenção 169…