Retomada Gãh Ré completa três meses (18-01-2023) – POA
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PorAlass Derivas18 de janeiro, 20233043 min. de leitura

Retomada Gãh Ré completa três meses (18-01-2023) – POA

18 de janeiro. Três meses da noite da volta ao território ancestral Kaingang – que é o Morro Santana, em Porto Alegre (RS). Nesta quarta, três meses de Retomada Multiétnica Gãh Ré. O milho que já cria sabugo, pé maior que Gah Té. Semeado dez dias depois da entrada no território. Junto com o feijão que já deu duas paneladas. Com a moranga. Com o tomatinho que vem. Fora as ervas, as goiabeiras, as araucárias e erva-mate plantadas neste local. Quarta tranquila na retomada, de roçagem para criação de um campo de futebol, de almoço de festejo. Incluindo a visita de José Vergueiro, liderança Kaingang que já foi cacique da Por Fi Gá em São Leopoldo e é pai de Prē Kaingang, uma das lideranças de Gãh Ré. “Faz muito tempo que falamos até que chegou este momento. De nos…

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PorAlass Derivas22 de novembro, 20227443 min. de leitura

Redenção ocupada para o grande abraço e contra a concessão

Textos e fotos: Alass Derivas | @derivajornalismo Domingo de manhã, lá na Redenção, a gira de alegria ao ver o parque ocupado por quem se propunha a um grande abraço. Era dia ensaio, era dia de protesto. Preserva Redenção! A luta para que o parque não seja concedido à iniciativa privada, o que seria um grande golpe contra o espaço público e o acesso a diversos encruzilhares dessa cidade. “Não à concessão, Fora Melo”, os gritos entre o cortejo enquanto o abraço se formava. Sebastião Melo, o prefeito, é proponente do projeto – já com perspectiva de maioria na Câmara. Junto com Melo, está Ana Pellini, Secretaria Municipal de Parcerias. Ou seja, a negociadora. Que hoje, enquanto secretária, propõe a concessão da Redenção, da Orla do Lami, do Parque Marinha. E também da Usina do Gasômetro. Ana Pellini, já foi…

Comunicado de uso de foto sem consentimento envolvendo a Comunidade Kilombola Morada da Paz
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PorAlass Derivas15 de novembro, 20221293 min. de leitura

Comunicado de uso de foto sem consentimento envolvendo a Comunidade Kilombola Morada da Paz

No mês de maio deste ano, cedi, sem consentimento das pessoas envolvidas, o uso de uma fotografia para o projeto “Poa Ancestral, muito além de 250 anos”. A imagem é um registro de um abraço entre a Gah Té Kaingang e a Iyamoro, da Comunidade Kilombola Morada da Paz, em um ato político durante a ocupação da Casa do Estudante Indígena da UFRGS, em março de 2022. A foto foi usada em aulas online e na capa de E-book do projeto. No dia 25 de outubro me reuni com o Conselho de Ìyas e Bàbá da Comunidade Kilombola Morada da Paz e escutei sobre os efeitos que esta minha atitude causou na comunidade. Como reparação, recebi o pedido deste comunicado público.   Por suposições equivocadas da minha parte, dispensei a consulta antes de liberar o uso da imagem. É responsabilidade do…

4º aniversário da Teko Jeapo – Escola autônoma da Tekoa Kaguay Porã (8 a 10-07-2022)
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PorAlass Derivas13 de julho, 20226872 min. de leitura

4º aniversário da Teko Jeapo – Escola autônoma da Tekoa Kaguay Porã (8 a 10-07-2022)

Já são 4 anos da Teko Jeapó, a escola autônoma da Tekoá Ka’aguy Porã, uma das aldeias guaranis do município de Máquiné (RS). Aldeia que se constrói desde janeiro de 2017 a partir da retomada da área da extinta fundação estadual Fepagro. Durante quatro dias, de 7 a 10, mutirão de celebração, bioconstrução, reforma do reboco da escola e plantio na horta. Convívio. Para o professor da Teko Jeapó, Romário Vhera Xunu, é um festejo distinto de como o juruá (branco) faz: “Celebramos, mas com atividades na intenção de fortalecimento da cultura. Principalmente para os jovens verem que nossa cultura tem muito riqueza. Não precisamos de dinheiro para alimentar essa cultura”. Recentemente a Teko Jeapó foi municipalizada. Segundo o cacique André Benites, essa é uma estratégia, mas a escola segue sendo autônoma. “Toda essa construção tem tudo a ver com…

Feira da Biodiversidade e Economia solidária de Maquiné – Edição de Inverno (10-09-2022)
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PorAlass Derivas10 de julho, 20221702 min. de leitura

Feira da Biodiversidade e Economia solidária de Maquiné – Edição de Inverno (10-09-2022)

Registros da 4ª edição da Feira da Biodiversidade e Economia Solidária de Maquiné, que aconteceu neste domingo (10), no centro do município do litoral norte do RS. Organizada de forma autônoma e autogestionária por pessoas e coletivos da região, a Feira é realizada uma vez a cada estação do ano. Na edição deste domingo, teve oficina de Yoga, cinema sobre a cultura do povo Guarani, apresentações culturais. Nas fotos, registros do grupo musical Nhamonhendu. Os mbya guaranis são forte presença ancestral na região do Vale do Maquiné e também na feira, com seus artesanatos, a erva mate de carijo e com apresentações culturais. Na primeira edição da Feira eram 14 bancas de expositores. Nesta, já foram 35. A rede vem crescendo e a ideia é essa mesmo: seguir fortalecendo a economia solidária, a agroecologia e o apoio mútuo em Maquiné.…